Abraça-me, comanda nossa filha
do interior do sono. Eu desentendo.
Ela insiste. Aí desperto e rendo
amor ao riso que na sombra brilha.
Que quem connosco cresce a cada dia
se desliga. Também o seu pedido
mo ensina – pela discreta elipse
do olho que a tristeza me desvia.
E que isto é preciso acolher:
ilude o tempo os laços de um momento
de equívoco sentido, nó incerto.
Aqui, da solidão, este soneto
que embora nada possa demover
seria bom achar anuimento.