Já não sente este corpo, dói e come-
-se por dentro e é só cego animal
na oca luz do foco do hospital
pela qual a enfermeira sem nome
empurra as mãos como colher cavando
os muros do casulo de água duro
onde deves vir ao colo maduro,
mas és arisca e esquivas-te, nadando
a salvo do isco que te procura.
Até que a tua nuca desemboca
na minha boca, e ela te segura
com seus dedos hábeis, te desloca,
e por certeiro corte se desata
o nó da corda que de mim te aparta
.
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