A tristeza que cobre a falta de sonhos. Às vezes é só, o vir à escrita. E querer falar-te sem saber o que te dizer. Bebíamos uma cachaça, íamos inflamar-nos às igrejas, gritar pelas curvas dos degraus até à beleza dos burgueses. O que nos impedia? Um pequeno sofrimento, dizias. Hoje não sou nada livre, quero-me muito mal por isso. E por esta coisa de ser anjo enrolado em si. Sem a lama do mundo. Colo-me ao que vem escrito nos papéis e nos ecrãs e preciso tanto do essencial. Tem de haver alegria no meio de todos os dias ser arrastada uma vez mais para longe da praia. Ou para a areia que não gozo. Consolo mesmo assim ao reler-te, reparo sempre em novas palavras, como se as lá fosses somando. Que alegria a de Job entre os destroços do cabo do mundo, sem vestuário. Já saberás? Sabe que às vezes ainda sei do coiso, isso, vê lá, que tantas vezes se desfaz quando se declara, mesmo que não possas abraçar-me quando era bom
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