Saturday, June 17, 2017

Um Castelo de Sonetos (IX)

9. Não mais dest’arte o génio iludido
ó muso Lauro, Beatrizo, bárbaro
dantesco emparedado pelo Tártaro,
Lenoro do sepulcro redivivo!

há raios muito grandes fogos presos
em fumos vários crio teu perfil
e faço — para não te deixar ir —
em serpentina todos estes versos

com regras que de cor dobro, corrompo
e busco língua nova que destape
a tumba hetero-sapiens do discurso.

Sonsa te uso, pois: por contraponto —
mas queria um só risco que nos cante
dum golpe fundo iterativo e brusco.

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