Wednesday, July 05, 2023

A manhã de Shakespeare

 Amanhã e amanhã e amanhã

No seu miúdo passo a cada dia avança 

Até que se diga do tempo a última

Sílaba e acendam todos nossos ontens 

O pó da morte aos tolos. Expira, oh breve 

Chama! A vida não é senão sombra andante, 

Pobre actor que cabriola e força a hora 

Sobre o palco sem que se ouça mais.

É um conto, contado por um tonto, 

Cheio de som e fúria, significando nada.

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