O cheiro a sabão negro diluído
numa água decantada aos poucos
lembra o hamam de Aroumd em Marrocos
onde uma vez inteira me excluí
das pregas deste tempo subtraído.
Lá dentro uma gorda nos esfregava
e brusca era a flexão que nos amava
os corpos exalando e aluindo.
Teria também sido a arquiteta
da taipa arredondada do celeste?
o brando abaulamento a que alguém nu
na horizontal olhando um vidro azul
nadasse onde lhe fosse tudo aberto?
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