Friday, October 10, 2008

Aniversário (II)

Passou o dia desta vez sem que lembrasse
que teríamos feito anos. Não faz mal
tanto assim que as efemérides no geral
acendem o rancor, e já nos traz cansaço

sofrer das vezes todas, e mais depois
de partir o que foi comum; o desacato
porque o outro levou consigo o retrato
tirado por um enquanto eram os dois

– éramos –

nós. Ora aí está, dispense-se a poesia
de flexões de sintaxe e da narrativa. Haja
a sensatez de não querer decifrar nada

onde sempre de toda a forma fraqueja a
claridade. Pôs-se o luto, recolha cada
um o fumo do braço, o que acha que sentia
.

4 comments:

angelá said...

Aqui está um POEMA!!!
Não estou em maré de dizer mais nada, mas adorei vir aqui ler poesia.
Beijo

dama said...

Que bom saber que vais estando desse lado, e que gostas. Também andei a espreitar o teu Brel, outro laço comum entre nós :)

angelá said...

:)agora está caduca, a mulher sem qualidades. o q está hoje já não está amanhã... tal como tudo...
mas estarei sempre por aqui, sim!

lebredoarrozal said...

parabéns:)

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