Na serra aliamos as tendas, aquecemos
música. A luz é da tribo, a Grande Pedra
escuta. Somo xamãs foragidos da pele da
Cidade, despidos do Futuro junto ao rio.
Vamos aprender a fabricar-nos alimentos,
esquecer digitalmente o Sucesso, renascer as
mãos na utopia. Neste mundo deus vai dançar.
Rui Costa
No tecto da noite há o templo
de escutar. Fazemos hinos
ao coração turvo ao
corpo poroso ao húmido vão
à luz nunca única nem tão
doce quanto se imagina e se des-
inclinam vozes assim desce
a palavra som. São ondas
e cordas senhor são tubos grandes
cromos estes adultos que tocam
um hino nacional contra a língua
única e os deuses até e o coro
do alto sem outro remédio
que nós os sem nenhuma arma
e só soluções diluídas de amar
.