Eu tinha emudecido de tanto despertar os dias todos para o comando
de outros a falar.
Quando na relva além dos meus vidros foscos
apareceu o teu corpo achei que era bom construir com ele a minha língua.
Atrás da minha janela depositei metros de
cortinas a combinar com todas as tuas saias
e todas as tuas camisolas.
Será que tomaste sentido alguma vez de
chegares de amarelo e eu, no interior, me aconchegar nas tuas roupas do dia
anterior?
Será que sabias o que eras, meu sonho
americano, em diferido e a cores?
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