para L. F.
do
verbo que temo conjugar, que não digo
é o
que não sou ainda e a cujo estampido
eu
tremo e se comprime e entala no exíguo
espaço
onde espero a luz no coração fundido —
que
na cabeça se mantém aquela língua
brava,
em brasa, brecha insegura que imagina
quase
tudo o contrário ao que me ensinas
e eu
a meu modo — não sou mal agradecida —
incorporo,
se bem que em distonia, querido
ser,
se bem que se decante um rumor áspero
onde
sem estrépito a beleza erra, onde sem
secura.
Só que se caem cântaros roço
arestas,
sei que correspondo mas nem sempre
retribuo,
enquanto paciente desfazes
meu
rigor e o aceitas
.
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