ando a tentar que o verão não morra
me dê calor mais do
que afrontamento
me dê mais sumo
do que mosto finto
e o sal na flor
da pele não sorva ao corpo
o choro; que seja mar com luzentes
panos e seja
ainda franco o espaço
da cabeça em
espuma; que a folha estale
e não se suste em
brancas reticentes
não caia sem
palavra crespo nervo
só esqueleto,
boca avara, azedume
e a vasta aridez
de medo pelas
notícias. Restem-me
balas e velas
onde o sangue
seca e me conserve
velha a acicatar no lume os répteis.
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