Era uma viagem de comboio para o leste - onde? uma vaga ex-rússia, alguma geografia exótica da europa-fantasma. No beliche, descobria por baixo, rodas sobre carris a riscar a barriga da terra, o dactiloscrito de um famoso perseguido. Escrevera soterrando a literatura numa aparência de relato maciço e burocrático. Para achar as palavras-jóia era preciso multiplicar intervalos com grande complexidade. Caso se polisse o método, o achado prometia ser tremendo.
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