as crianças correrão pelo soalho
derrapando em tábuas, odiando-me
a TV será uma bomba paralela
a janelas altas
não partilhando uma cama
dividimos placas, a minha
deixa-me escaras na pele
dum ombro, cambará
Vamos para a mesa anuídos
distraídos e amuados
carregando resíduos num saco
de plástico que não se pode
deitar para o espaço
e alargará a culpa
pelo formato do sonho
de encolhido alcance
estanque ânsia que alui
e arrasa
Vamos passar a dormir
cada vez mais tarde
com estímulos e desconfiança
tu já não me encaras
tal como eu
peço o silêncio como casa
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