quebra antes
que se exija um plano
de prestações de deveres de férias de escalada
de violência
ou danos a terceiros
ou nos lesem ao apanhar-nos despidos e tocados
ou nos passe pela cabeça ser exemplo
contrapoder
ou símbolo ou eternos ou anteriores
antes
que demores teus olhos brilhantes na minha aparição
e eu não mais fugaz
imprevista entre
monótonos um desleixo
entre meticulosos desça
na condição de antes
quebra
se te anuncio à noite meu mergulho no tanque
semi-fluorescente espaçoso azul
nas traseiras de onde dançam os convidados da boda
esperando que vejas o desejo de que me sigas
no porte cerimonioso
com que esfarelo migalhas no deserto
enluarada pela hipótese de isto ser perene
quebra
neste estado altamente inflamável
do mundo-mina fóssil esta paixão
antes que isto estoure
e termine numa questão de tempo
aquém de agapé
ou outro escalão grego menos eufórico e efémero
ou seja cinza (e se for fértil?)
quebra antes
que te convide por uma trilha
entre penedos e quase extintas feras
e nativos sabedores da seiva e suas beberagens de selva
ou viagens entre estrelas regressivas
até quando eu a fonte e tu o fogo que germinam
no ingresso do universo
e receio digas não
amo-te quebra
antes de me ser pesado rodar as pétalas
constantemente para o teu foco
me seja impossível rimar pólen com éden
se alumiem os cometas do sofrimento
ou eu acumule rancor
irrazoável pelo que falha
quebra
e vai
com a nossa queimada (ou se for arável?).
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