... e A Coney Island of the Mind 65. Este o seu poema décimo:
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Não me deitei com a beleza toda a vida
repetindo para mim
os seus mais pródigos encantos
Não me deitei com a beleza toda a vida
nem me encostei à sombra das suas mentiras
repetindo para mim
que é imorredoura a beleza
mas fica lá longe
entre os aborígenes
e muito acima dos campos de batalha
do amor.
É superior a isso tudo
Ah pois é
senta-se nos mais seletos
bancos da Igreja
lá onde se reúnem os diretores artísticos
para escolherem as coisas da imortalidade
E eles deitaram-se com a beleza
toda a sua vida
E alimentaram-se de néctar
E beberam os vinhos do Paraíso
de maneira que têm perfeita noção
de que uma coisa bela é um deleite
para todo o sempre
e nunca nem jamais
pode em rigor descambar
em nada onde se perca dinheiro.
Oh não eu não me deitei
nos Beauty & Relax da vida
receoso de me levantar de noite
não fosse perder sabe-se lá como
algum movimento que a beleza pudesse fazer
Mesmo assim tenho dormido com a beleza
à minha maneira abstrusa
e já me aconteceu armar uma ou duas birras de fome
com a beleza na minha cama
derramando assim um ou dois poemas
derramando assim um ou dois poemas
neste mundo muito de Bosch