Sobre as paredes celestes do quarto
Um esboço de canábis a branco
As lágrimas a branco deslizando sob as lentes
O estômago a branco, retorcendo-se
O coração branqueado, vais deixar-me
Porque nunca sorrimos
Como um casal feliz.
Eu arrancava-te todo o branco do corpo
Para te ensinar a ferida.
Como sempre sento-me à beira da cama
O rumor de uma palavra não dita destroça tudo
Chama-me, morde-me, chora um pouco mais
Vem
Apesar de tudo não sei o que tenho e quero
Acariciar-te.
Rocío Silva Santisteban (n. Lima, 1963) - de Mariposa Negra, 1993
1 comment:
K pena ñ puderes viver da tua arte, a escrita! K país este!
Mas, k, ao menos, tires dela todo o prazer k, certamente, te dará.
Lindo! Parabéns! Continua!
Abraço amigo da Gert
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