Thursday, January 12, 2012

Cumpre que não foste

entender


falar de mar só com a boca afogada



a regularidade assusta

e eu acho isso bonito como o som de ossos na porta



cai alguma coisa

na direcção das minhas mãos e eu corto-as



sinto os cabelos

o ombro morno do coração no ombro



não me fui embora

na praia ao vento tudo o que acontece
 
Rui Costa (Março de 2009)

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