E
depois é preciso chamar os amigos
para
soprar os versos todos mas há dias
tantos
que nenhum nos visita. Ligamos-lhes
ou
não lhes ligamos estão fora noutras tarefas.
Separarmo-nos
de quem fomos não tem
mal,
enganarmo-nos de longe também
não
será o caso. Críamo-nos as filhas,
trocámos
cartas de madrinhas de guerra.
Eu
esqueci-em de como engatilhar a bomba
no
dia em que bebemos muito além da conta.
Lembras-te.
Dos enjoos do mar à tareia
na
tua juventude zangada? Do tempo
em
que temíamos mais que nos descobrissem
a
celulite do que as manhas? Das tenazes
façanhas
— durmo sozinha no relento —
que
nos trouxeram aqui pouco mais ou menos
firmes
peladas enxutas e em excesso?
E
do mar nos cabos soltos e o grande vento
o
chicote nas velas e dentro treva era
e
não era nada deste estilo, os versos
se
vierem que liguem serão líquidos
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