Só os covardes vivem
como manda o livro, do desas-
sossego
deserdando o
menor dos tremores. Tudo in-
sípida superfície, desabam para
dentro. Em que lado da bús-
sola me encontro? Magma-
nico, meu coração vulcânico.
Se colidissem as palavras umas
com outras mais vezes será
que o mundo seria melhor?
[Embrulhada no impermeável
roxo, esperava
nas estações
embalando a língua tisnada
de café até voltar ao doce travo
das víboras.] Arranquei uma folha
das tuas e escrevi
sobre ela.
Nada me dói
só o vento
de
oeste a leste
uma passadeira esta cidade
página a
página herdada,
como um temporal se
finda.
Pensar amoralidade
alcançar nudez
ter
lucidez.
Eu não perdi nunca
o trémulo instante
do teu corpo
assolapando
meu apagamento
branco
Sampurna Chatarji
No comments:
Post a Comment