sem casa um beco de vento os chama
céus seus a solidão o silêncio o
segredo tremendo que boca de incêndio
os traga
e solta na noite irrestrita vasta
céus seus a inconvenção a demora
o denodo furtado ao mito denso
de que o amor se faz – e é – agora
alegre
trino mútuo sopro recomeço
stacatto em loop ao fio do disco
céus seus o risco o riso o raio aí
acaba
a língua rompida cantando o atrito
veloz tristitia do fruto aberto
selo
a tenra polpa soluçante ao grito
céus seus o sismo a fita telepática
a tenra polpa soluçante ao grito
céus seus o sismo a fita telepática
tão impante falta que falo nihil
placet inestimável nu abjeto
belo
ó Paixão rasgo impérvio e lasso
ato
espelhado com colapso sedutor
à escarpa de onde raro em rigor
se morre ou se tanto só no palco
a luz a paga
e cobra
que ávida no tal morro se contrai
morderá sarará escalada dobra
céus seus o susto a vista a vertigem
se se cai
e se resvala céus seus a corda
e cobra
que ávida no tal morro se contrai
morderá sarará escalada dobra
céus seus o susto a vista a vertigem
se se cai
e se resvala céus seus a corda
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