“Há que perceber que não se pode ter na escrita qualidades que não acalentamos honestamente cá dentro. Há que perceber que não se consegue afastar da escrita os sinais do mal ou da frivolidade que acalentamos cá dentro. Se somos do género de adorar ter um criado atrás da cadeira ao jantar, isso há-de aparecer na nossa escrita; se temos uma opinião vil das mulheres, ou guardamos algum rancor, ou duvidamos da imortalidade, estas coisas transparecerão naquilo que deixamos por dizer mais do que no que dizemos. Não há truque nem ardil, não há arte nem receita, que nos façam ter na escrita aquilo que não possuímos em nós.”
[traduzido a partir do sublinhado por F. Pessoa na biografia de Whitman da autoria de Bliss Perry]
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