Uma árvore, a mãe desdobra a casa do fantasma
é um pop-up – susto em decalque, teia de invólucro
num velho filme da RTP com Luiza, q. b. calma
com o filho ao lado
a primeira vez que a li foi em tradução, num álbum
do Ferré, que adorávamos, por exemplo a dos anarcas
com amor no punho e l'air entêté —foi um baque
porém ler lá que a mulher cria com os ovários
enquanto resta ao homem inventar alma ou coisa
que o valha (Luiza não contribuiu, vão consolo:
era 1984, o cônjuge traduzia os escólios,
ela as canções)—a mãe, uma árvore, o filho ao lado
o fantasma.
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