Sunday, September 21, 2014

Ribanceira da Vamba



Eu
não
quis
da terra
nada salvo
amor nada
me acudiu
me lançam da frágua
coitada resvalo a vertigem lavro
marco a fundo pele que na tua
outrora subia eterna sacudi-
da agora entre tojo ruim me
esfacelo raso mui bicudas
pedras daninhas ervas eu própria
dano sem socorro mouro meu morro e mal
digo: pestilenta para sempre detestável a beleza
das fêmeas do ar da paisagem de que jamais vos
venha cura algum ungir pelos tempos fora este
fétido bafo de má indústria este tão pouco clemente
excesso de imponência este ser de cerco e corrente que
cerra este rondar de rapina por cima de penedos este
para sempre só
  e solo inenar-
                     (r)ável até à agua.


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