Thursday, November 14, 2019

[na cabeça do sonho: orgulho e espelho]

Íamos jantar num grupo pequeno, ficávamos frente a frente e praticamente não trocávamos palavra, só conversávamos para o lado. Lá fora, onde fumávamos, existia um grande parque de estacionamento para os embriagados que pediam boleia aos mais sóbrios. E isto era-nos relativamente indiferente, não fossem as pontas de tristeza das nossas imaginações que se tocavam, como essa coisa preguiçosamente promíscua de se acender o cigarro com a beata alheia.

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