escrevo-o porque é o mais difícil
de fazer sem ti, que foste corpo
bóia às minhas mãos, bordão torto
mas para vir à terra o mais fiel
ferro. E se eu na pele nem soube
do mal que me avisaram que me fazes
e já sou mestra em largar-te quase
tanto como a Plath a gritar lobo
até morrer de facto, eis o tributo
ao que passámos: rumores de noites,
copos, cafés, suspensões de céus
e sol manchado após o mar ou coito
e o pasmo sobretudo libertado
do vazio — que triste, cigarro, adeus.