Quando as maduras amoras
balouçam nos bosques, nas silvas
de ninguém, passo
todo o dia nas ramadas
altas, a esticar
os braços arranhados, a pensar
em nada, a encher
de mel negro do verão
a minha boca, todo o dia o corpo
aceita o que é. Nos escuros
ribeiros que ali vão há
a pata peluda da minha vida célere
entre os sinos negros, as folhas; há
esta língua alegre.
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