Não mãos deste último homem
em que firmei exaltação e prodígios
de onde obtive música e depois silêncio
e com quem passamos a vau a névoa
depositei o teu livro póstumo, ele
abriu-o em voz alta e tu cantaste
uma fábula que nos contava:
o sermos na noite o que o dia
mal aguenta porém persegue;
e as cobertas e os céus e as vozes
não serem exatamente corpos circulares
como tantas vezes supomos às voltas
do que fomos — esse campo resistindo —
antes parábolas testadas pelo tempo
também cordas elásticas em mira ao
que traçaste muito lá atrás ao ponto
onde a noite e o dia se transformam
e atingem às vezes diferente espectro
de flutuante fogo – e se te sentimos
apesar de não podermos garanti-lo —
folga para nós
um pouco o batente do horizonte.
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