A primeira quadra diz que descem as vistas do arcano.
Ou: no firmamento entre nós há lantejoulas à solta.
Ou: lealdade, que lástima perder-se mesmo se pouca.
(Porém, não o comprovam as estrelas que emulamos.)
A segunda ergue a voz, trauteia uma declaração, faz corte
e mina, garimpa ao alto, o caos ao campo, para ser direta
convêm-lhe os desvãos, queda aparatosa, gloriosa perda
pelos quartos, a corda para a realidade iminente à morte.
O terceto depois sublima o inconsciente: ter memória
minha a tua casa; o meu céu anterior uma mnemónica
dela. Aflora antenas, frequências, a estática simulando
a eternidade. Síntese—mesmo se um de nós remorde:
o amor sobe quando não se sabe, volante de pena—ou
outro jogo de sombra, barro à parede com o poema.
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