Quem dera de baixo um sino
balido metal, resíduo
rebate venal, toxinas
loucas no corpo ruído
caem borras e suores
onde dói antes se gozava
(os beiços regougam mel
a trova riscada de cor)
No barril podre do afã
venda-se a manhã burra
a desoras surdem ímpetos
fazem-se fanicos rudes
(um frouxo ranger de leque
a seda nas pregas puída
golfo oco, faúlhas cinza
ar roxo, opacas sílabas)
Nascer-me-ão cãs no púbis
e uma míngua malograda
de hubris, um pirolito
acre rolha a própria língua
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