O tempo tem o término averbado.
É que temos lutado sempre
por princípios: do futuro mesmo o perigo
suscita curiosidade, escasso e sem limites.
Assim, ainda podes ficar na janela
ou lá dentro a brincar com as bonecas
nem no escuro as temas
aliás, usa essas coisas sem vergonha
mesmo os príncipes, as princesas
antes das musas
aliás
no lugar delas
afinal há bruxas
era aí que queria chegar, onde estás
a montar toda a noite o poema
queimando-o no cristal:
um corpo de largo espectro
a não desprezar
neste tempo com outros precipícios.
Experimenta-o em tua defesa:
invejáveis posições, pigmentos
de combinação rutilante, repulsiva
revoltosa—nova
é um luxo
detonar um globo cheio de matizes
se puderes cura redime
perdoa,
faço alguma ideia do que custa perseguir
isso da beleza, com menos.
Salva-me do desperdício.
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